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Marketing de influência x catástrofes: é possível ajudar sem ser notado?

Diante dos últimos acontecimentos em nosso país, como as fortes chuvas no Rio Grande do Sul e a mobilização da sociedade para ajudar o povo gaúcho, uma questão foi duramente discutida, o quanto as pessoas podem se aproveitar de situações como essa para se promoverem, principalmente a atuação de famosos e pessoas influentes entre os voluntários.

Como profissional do mercado de marketing e publicidade  pergunto; é possível ajudar sem que a mídia saiba? Eu acredito que não, principalmente nos dias de hoje. A partir do momento em que uma pessoa se torna pública, qualquer ação dela é percebida, mesmo em situações catastróficas como a que presenciamos no último mês, ou seja, o anonimato é algo muito subjetivo em algumas situações e nem sempre é intencional, afinal, são pessoas comuns que também podem querer ajudar, como qualquer anônimo.

Sei que você está querendo me dizer que existem muitos “famosos” que ajudam instituições, pessoas e locais, sem que ninguém saiba e até posso concordar em algumas situações. Realmente existem, porém nem sempre é possível manter sigilo, principalmente em situações emergenciais, em que a presença física da persona é a principal ajuda.

Claro que existem pessoas que podem se aproveitar para se promover, e isso não é apenas um problema entre os famosos, muita gente pode agir com a intenção de chamar atenção de algo ou alguém. Enfim, também não acho legal esse tipo de promoção, mas está totalmente fora do nosso controle. Entendem?  Um exemplo de quem usou seu espaço e audiência em prol de realmente ajudar no caso de Rio Grande do Sul foi o Gaules (maior streamer do Brasil) que arrecadou mais de 600 mil reais em suas streams e não se promoveu com isso, de fato utilizou sua criação de conteúdo como plataforma para essa ajuda coletiva.

O que quero dizer com isso, é que infelizmente a vida dessas pessoas sempre será exposta, querendo ou não, e o fato de terem uma atitude altruísta nem sempre quer dizer que isso é uma forma de se promover. A exposição será inevitável, então que seja com algo que de fato tenha relevância.

E qual nosso papel, como profissionais de comunicação e representantes dessas marcas, diante deste tipo de exposição? Em primeiro lugar, deixar de julgar, segundo, orientar a forma como essa persona se comunica com seu público e terceiro e não menos importante, valorizar sim essas ações e utiliza-las para a construção da imagem deste cliente, afinal, o que é feito de boa intenção deve ser mostrado sim, para influenciar outras pessoas a fazerem o mesmo ou até mais.

Devemos mudar nossa visão sobre a promoção e construção da autoimagem, principalmente agora, em um mundo totalmente conectado, onde nada passa desapercebido. Acredito sim que exista um fator bom nessa autopromoção,  já que isso incentiva seus seguidores a fazerem o mesmo com o que podem, ou seja, todo mundo sai ganhando.

O que você faria nesse caso? Deixaria de ajudar para não ser considerado oportunista e assistiria tudo na plateia ou colocaria a mão na massa e usaria sua influência para incentivar as pessoas?

Fica a reflexão!

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